A esta altura do campeonato muitos de vocês já devem saber como funciona a mecânica do Demon’s Souls ou mesmo do seu sucessor espiritual, o Dark Souls e por isso usarei este texto para falar um pouco sobre como voltei a me apaixonar pela brilhante criação da From Software.

Embora já tenha se passado quase três anos desde a primeira chance que dei ao game, naquela ocasião não fui muito longe e depois de muito adiar esse momento, nos últimos dias decidi começar tudo de volta, com um novo personagem e tentando aproveitar melhor a maneira como o jogo nos instiga a melhorar nossas habilidades.

Esse por sinal talvez seja o principal mérito do Demon’s Souls, deixar claro para o jogador que embora se trate de um título bastante difícil, está longe de ser apelativo e que premiará aqueles que estiverem dispostos a se entregar plenamente à aventura. Aqui o que faz a grande diferença é termos atenção, paciência e muita perseverança, pois se na primeira incursão num novo território pode nos parecer impossível ultrapassar certas partes, com a prática descobrimos que o objetivo pode ser alcançado.

Demon's Souls

Contudo, o que realmente tem me fascinado no Demon’s Souls é o fato dele estar me fazendo ficar com uma enorme vontade de voltar sempre ao videogame para jogar só mais um pouco, o que acaba se traduzindo em várias horas e a todo momento me pego pensando em novas estratégias para passar por um determinado local ou em qual estágio arriscarei minha sorte na próxima vez.

Aos poucos estou conseguindo entender melhor como tudo funciona no jogo, muito por causa da maneira obscura como parte de sua mecânica funciona e que na maior parte do tempo nos deixa um tanto perdidos, mas dessa vez já tive o prazer de fazer muito mais do que na tentativa anterior, como por exemplo matar o terrível dragão vermelho que nos atormenta em uma ponte, derrotar outros chefes de fase ou obter acesso a lugares que eu não fazia a menor ideia de como alcançaria.

Demon’s Souls está longe de ser um jogo recomendado a todas as pessoas, mas aquelas que estiverem dispostas a arriscar descobrirão um game onde cada inimigo ou armadilha parece ter sido colocado ali por um motivo, onde cada cenário nos dá a impressão de ter sido desenhado com extrema dedicação e cuidado, sempre guardando alguma surpresa e com inúmeras situações que invariavelmente serão gravadas a ferro e fogo em nossa memória.

O mais assustador é que mesmo com cerca de dez horas dedicadas ao Demon’s Souls eu ainda tenho muito, mas muito caminho pela frente e sinto que ainda não sofri uma fração do que sofrerei, mas se para ser recompensado é necessário passar por essa provação, então que venham os próximos desafios!

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.