Na minha opinião um dos grandes erros da Sony nesta geração foi a retirada da retrocompatibilidade de grande parte dos modelos do seu console, mas pelo menos a fabricante viu que havia mercado para o relançamento de alguns clássicos do Playstation 2 para o PS3, o que possibilitou jogarmos alguns clássicos do antigo aparelho.

Entre as várias coletâneas lançadas, uma das que tinha mais curiosidade de jogar era a Jak & Daxter Collection, por não ter dado uma oportunidade à trilogia e por sempre ter ouvido muitos elogios a ela. Agora que terminei o primeiro caítulo da franquia, deixarei aqui minha impressão sobre ele.

Lançado originalmente em 2001, Jak and Daxter: The Precursor Legacy foi o primeiro jogo da Naughty Dog depois da série Crash Bandicoot e assim que o iniciamos fica evidente que o estúdio teve uma certa dificuldade em largar as raízes fundadas pelo game que nasceu no primeiro Playstation.

Desde o estilo visual até a jogabilidade, passando pelo humor e principalmente, pela parte sonora, é fácil perceber as semelhanças com a marca que hoje pertence à Activision, não que isso seja um demérito.

Esse Jak and Daxter porém tentar trazer algumas inovações, como trechos em que controlamos uma espécie de moto voadora, contudo, onde ele consegue se distanciar mesmo da sua fonte de inspiração é no mundo praticamente aberto, onde cada setor representa uma fase e todos estão interligados, sem que o jogador veja nenhuma tela de loading.

Durante toda a aventura estaremos a procura de itens que reunidos poderão ser trocados por outros e que consequentemente são necessários para avançarmos na história. O problema é que depois de algumas horas vasculhando cada canto do cenário a tarefa se torna cansativa e como a câmera não ajuda em boa parte das vezes, tentar acertar alguns pulos é algo que poderá lhe fazer perder a paciência.

Graficamente o jogo ainda impressiona, mesmo se desconsiderarmos o upgrade visual para 720p, e o trabalho da desenvolvedora se destaca pela extensão das fases e por se tratar de um game com mais de 10 anos de idade.

A impressão que tive é que com este jogo a Naughty Dog estava apenas tentando descobrir os caminhos que gostaria de seguir com a sua nova série e muito elementos ou são experimentais ou reaproveitados de trabalhos anteriores.

Tenho que confessar que lá por 60 ou 70% da aventura eu já estava um pouco entendiado, talvez por seu enredo não ser muito empolgante e agora minha esperança é de que os outros dois capítulos inclusos no pacote sejam melhores, até porque já vi dizerem que o primeiro foi o que pior envelheceu. Além disso, pela arte do Jak 2: Renegade e do Jak 3, eles parecem ter seguido um estilo mais dark e próprio.

http://www.vidadegamer.com.br
Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.