Durante muitos anos algumas pessoas associaram os videogames ao sedentarismo, mas desde que a atual geração de consoles teve início – esta formada pelo Wii, PlayStation 3 e Xbox 360 – esse cenário mudou, já que uma nova forma de jogar foi introduzida.

Quem começou essa revolução foi a Nintendo com o Wii. Como o aparelho trazia um inovador controle baseado na detecção dos movimentos feitos pelos usuários, as pessoas logo perceberam que a novidade exigiria algum esforço físico e bastava poucos minutos para queimarmos várias calorias e ficarmos com os braços bastante doloridos. As desenvolvedoras por sua vez enxergaram ali um novo mercado, o de jogos para aqueles que quisessem entrar em forma sem sair de casa e a própria fabricante do videogame lançou o Wii Fit, jogo que acompanhava uma espécie de prancha onde o usuário precisava subir e dali realizar sua sessão de exercícios.

Diante de tamanho sucesso, Sony e Microsoft também lançaram controles com sensores de movimentos e além de vários títulos que colocam os jogadores para dançar diante da TV, o que pode se mostrar bastante cansativo, vários outros buscam levar uma academia para dentro da casa das pessoas e até mesmo a Nike, maior fabricante de material esportivo do mundo, entrou no negócio, lançando para o Xbox 360 um jogo que faz o papel de um personal trainer virtual.

EA Active

Porém, o mais importante disso tudo foi o estigma que esses jogos ajudaram a derrubar e hoje muitos pesquisadores defendem a ideia de que os videogames podem ser extremamente úteis na recuperação de pacientes que tenham sofrido certas doenças ou sobrevivido a acidentes e que estejam em recuperação, além de melhorar a qualidade de vida dos idosos e hoje vemos vários estúdios oferecendo configurações que tornam suas criações mais acessíveis a pessoas com certas deficiências, como o daltonismo.

Essa busca por tornar os jogos eletrônicos mais saudáveis só tende a crescer e nos Estados Unidos há organizações como a Games for Health, que se dedicam a esta tarefa e a mostrar que se antes os games eram apontados como um dos responsáveis pela criação de uma geração obesa, agora podem ser uma excelente ferramenta de auxílio aos profissionais de saúde.

Este é mais um artigo que escrevi para o jornal O Campolarguense e que foi publicado na edição de abril de 2013. Os textos anteriores podem ser encontrado aqui:

http://www.vidadegamer.com.br
Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.