Quando era criança, uma das coisas que mais me enchiam de ansiedade eram os finais de semana em que saía com meu pai e meu avô para ir pescar. Todo aquele processo de acordar de madrugada, viajar algumas horas até o lago em que íamos costumeiramente e principalmente, passar o dia inteiro na companhia de pessoas que gostava era algo fantástico.

Acho que por isso sempre tive vontade de encontrar um jogo para videogame que fosse capaz de reproduzir um pouco daquela experiência e com a recente chegada do Let’s Fish! Hooked On ao PlayStation Vita através da PSN brasileira, achei que ele poderia ser o que procurava, mas infelizmente estava enganado.

Desenvolvido pela SIMS Co. e contando em sua equipe com profissionais que criaram títulos como o SEGA Bass Fishing e Ape Escape, o título tem uma jogabilidade arcade onde no modo World Tour podemos escolher entre quatro personagens, para então visitarmos diversos lugares em busca de nos tornarmos o maior pescador do mundo.

Para tentar conquistar o jogador, Let’s Fish! Hooked On traz ilustrações feitas pelo artista Akio Watanabe e um enredo que segue o estilo dos animes, onde por exemplo, um dos personagens busca apenas seguir os passos do seu famoso pai e outro é uma garota mística que tenta trazer paz ao mundo através da pescaria, ou seja, podemos esperar várias situações inusitadas.

Let’s Fish! Hooked On

Porém, o que realmente incomoda no game é a falta de profundidade em sua jogabilidade, pois apesar dele nos oferecer diversos tipos diferentes de iscas, o processo de pescar logo mostra-se bastante repetitivo, nos obrigando a realizar sempre os mesmo movimentos e depois de dominada a técnica, praticamente não temos desafios a frente.

Além disso, temos ainda uma trilha sonora pouco inspirada e que por vezes me fez sentir como se estivesse dentro de um elevador e por fim, apenas quatro modos de jogo, sendo que um deles é um um tutorial confuso e outro não passa de uma maneira de visualizarmos os peixes.

Let’s Fish! Hooked On é um jogo que tinha bastante potencial para ser divertido, mas lhe faltou uma maior variedade na jogabilidade e modos que aumentassem sua vida útil, como por exemplo participarmos de competições online.

Se você procura um jogo casual que traz alguma história e/ou gosta de pescaria, esta pode ser uma boa opção, até por ser a única no portátil, mesmo assim saiba que existe uma boa chance de acontecer com você o mesmo que aconteceu comigo, ou seja, frustrar-se.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.