Muitos gamers defendem a ideia de que uma das piores coisas que uma pessoa pode fazer é adquirir um videogame logo que ele chega ao mercado. Além dessa postura nos fazer evitar o valor normalmente elevado cobrado pelos aparelhos, ainda serve para termos uma melhor noção de como eles evoluirão e acho que esses são alguns dos motivos para sempre ter esperado um pouco antes de apostar num novo console.

Seja como for, o fato é que mesmo tendo adorado a proposta do PlayStation Vita, sempre tive dúvida se valia a pena comprá-lo, mas há alguns dias resolvi que havia chegado a hora de investir no portátil e desde então venho me surpreendo com sua qualidade.

O impacto visual e uma maravilha chamada PS Plus

A primeira impressão ao pegar o Vita é a constatação de sua beleza. Desde o acabamento até a enorme tela, o videogame consegue chamar mais atenção do que seu antecessor e ao liga-lo um tutorial em forma de jogo serve para conhecermos algumas de suas funções, como o sensor de movimentos, o trackpad na parte de trás ou a tela sensível ao toque.

vita_25.06.13

Após a demonstração feita pelo sistema, tratei de conectar o portátil à PSN, principalmente para aproveitar um dos principais motivos que me fizeram optar por ele e não pelo 3DS, que são os vários jogos oferecidos a quem é assinante da versão paga rede da Sony.

Isso me deu direito a vários jogos, muitos deles de grande porte, como o Uncharted: Golden Abyss, o Gravity Rush, o Disgaea 3: Absence of Detention e o Wipeout 2048, todos eles com gráficos belíssimos e que não ficam devendo nada a o que vemos nos consoles atuais. Por enquanto não comprei nenhum jogo para o Vita, mesmo porque acho que só esses poderão me entreter por um bom tempo.

O Vita como controle remoto

Entre as muitas qualidades do PS Vita, uma das que mais me interessava é a possibilidade de aproveitarmos no portátil alguns jogos que estejam no PlayStation 3, recurso conhecido como Remote Play, mas após testar a função minha impressão foi um misto de encanto e decepção.

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A parte legal é que o jogo de PS3 que testei – The Ico & Shadow of the Colossus Collection – funcionou muito bem, praticamente sem perda de qualidade e com um boa taxa de atualização de frames. Como quase todos os jogos do PlayStation 4 deverão contar com tal recurso, acredito que o Vita poderá se tornar ainda mais interessante após o lançamento do novo console, mas por ora considero esta uma característica subutilizada.

Para piorar a situação, quando tentei rodar jogos do PSOne desta maneira a perda de qualidade de imagem foi impressionante, deixando tudo muito borrado e apesar do Remote Play nos permitir fazer o streaming de todos os jogos daquele console, o que é uma ótima maneira de economizarmos espaço no memory stick, jogar direito do portátil se mostrou uma opção visualmente muito melhor.

Mas e aí, vale a pena?

Eu sempre considero esta pergunta muito difícil de responder, pois acho que a decisão final sempre tem que ser algo muito pessoal. A minha opinião é que o Vita ainda é um videogame caro e que conta com uma quantidade relativamente pequena de grandes jogos, mas se você procura um portátil de qualidade e que ainda pode ser aproveitado por seu lado multimídia, acho que o investimento lhe renderá boas horas de diversão.

É verdade que ainda estou conhecendo o PS Vita, nem tive muito tempo para jogar direito nele, mas mesmo não sendo o tipo de pessoa que passa muito tempo jogando em portáteis, posso dizer que estou longe de ter me arrependido da compra.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.