Quando comprei o meu Game Cube, um dos detalhes que mais me chamou a atenção era o fato dele pertencer a uma edição especial que acompanhava o jogo Metroid Prime. Como gosto muito da versão lançada para o Super Nintendo, enxerguei ali uma ótima oportunidade de ver como a franquia havia se saído em três dimensões.

O tempo passou, acabei deixando o jogo de lado, até que na semana passada resolvi encarar o desafio e com quase 12 horas dedicadas ao game, pude constatar que todos os elogios dedicados a ele são merecidos.

Levar uma série que nasceu em duas dimensões para o 3D é uma tarefa muito complicada e isso fica evidente ao vermos muitas delas tendo fracassado na tentativa e por isso o trabalho realizado pelo pessoal do Retro Studio merece ser louvado. Além de terem dando um show na direção artística, eles conseguiram manter todos os elementos consagrados em Super Metroid e embora os controles sejam um tanto estranhos no início graças a necessidade de segurarmos o botão “R” para mirar,é difícil encontrarmos falhas no jogo.

Contudo, o que me deixou mais empolgado com o Prime foi a manutenção da sensação de grandiosidade que os Metroids sempre proporcionaram. A maneira como a aventura se desenvolve faz com que nos sintamos importantes, evoluindo e ficando mais forte a cada novo item coletado e tornando possível o acesso a lugares antes inatingíveis. Também me chamou a atenção o cuidado com pequenos detalhes, como o reflexo do rosto de Samus no vidro do capacete dependendo da iluminação, algo simples, mas que não lembro de ter visto em outros FPSs e que ajuda a aumentar a imersão.

Sem dúvida um daqueles jogos que ficarão na memória.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.