Mesmo gostando muito de Shoot ‘em ups e sem que o gênero receba lançamentos constantes (como acontece com outros estilos), vez ou outra acabo me deparando com títulos com os quais nunca tive contato. E isso aconteceu recentemente, quando tive a oportunidade de conhecer a Irem Collection Volume 1.

Irem Collection Vol. 1

Crédito: Divulgação/Tozai Games/Irem

Primeiro capítulo de uma coletânea dividida em três partes e que visa resgatar o passado de uma das empresas mais importantes dos “jogos de navinha”, o Irem Collection Volume 1 conta com três jogos que foram lançados no final da década de 80 e início de 90, são eles:

  • Image Fight – Em algum dia de 20XX a lua explodiu em quatro pedaços e uma raça alienígena desconhecida obteve sucesso em destruir a base ocidental que havia sido criada por lá. Aos poucos as forças terrestres foram aniquiladas e para nos dar alguma chance, os cientistas criaram a nave de combate OF-1.
    – Data de lançamento: Novembro de 1998.
    – Plataformas: Arcade, NES, PC Engine, Sharp X68000 e FM Towns.
    – Estilo: Progressão vertical.
  • X-Multiply – Alienígenas invadem uma colônia humana no ano 2249 e o que torna esse ataque diferente é o fato da ameaça ser microscópica, infectando e matando os colonos. Para revidar, cientistas desenvolvem a X-002, nave que será usada para combater os invasores que estão dentro do corpo da pessoa infectada. Não é a solução mais prática, mas certamente é uma bem divertida.
    – Data de lançamento: Setembro de 1989.
    – Plataformas: Arcade.
    – Estilo: Progressão horizontal.
  • Image Fight II: Operation Deepstriker – Servindo como continuação direta para o Image Fight, o jogo aproveitava o CD para entregar um enredo expandido, com dublagem para os personagens, além de uma trilha sonora mais bonita e cenas não-interativas animadas.
    – Data de lançamento: Dezembro de 1992.
    – Plataformas: PC Engine Super CD-ROM.
    – Estilo: Progressão vertical.
Irem Collection Vol. 1

Crédito: Divulgação/Tozai Games/Irem

Em comum, esses títulos possuem o alto nível de dificuldade, com destaque para as fases especiais do Image Fight. Neste jogo existe uma maneira diferente de derrotar o chefe final da campanha principal e ao fazermos isso seremos levados para três áreas. Nelas o tempo de reação e espaço para manobras são mínimos e poucas vezes senti com tanta raiva jogando um Shmup.

Com tiros vindo por todos os lados, após muito tentar me dei conta que só conseguiria avançar usando o sistema de rewind que o Irem Collection Volume 1 nos oferece e acredite, mesmo assim tive uma tremenda dificuldade em chegar ao final.

Image Fight II – Curiosidades

  • Embora isso nunca tenha sido confirmado, especula-se que os inimigos presentes no Image Fight II: Operation Deepstriker sejam uma versão preliminar dos Bydo, da série R-Type.
  • No início do Image Fight II é possível ver os destroços de uma OF-1, dando a entender que os pilotos do primeiro jogo foram abatidos.
  • Tanto a OF-1 Daedalus quanto a OF-3 Garuda, naves que pilotamos no Image Fight II, podem ser desbloqueadas no R-Type Final.

E por falar na coletânea, ela possui alguns recursos que se tornaram comum nesses pacotes, como filtros que imitam telas antigas, suporte a cheats ou a possibilidade de mudarmos o papel de parede. Porém, não espere qualquer tipo de material adicional, como uma área para ouvir as trilhas sonoras ou entrevistas com os criadores do jogo, ausências que sempre lamento.

Crédito: Divulgação/Tozai Games/Irem

Por outro lado, foi bom ver que, no caso do Image Fight, temos acesso às versões lançadas para NES e PC Engine. É legal poder ver como o jogo se comportava nessas plataformas sem todo o poderio dos fliperamas e aqui destaco o trabalho feito no Nintendinho. Mesmo com ele sendo tecnicamente bastante inferior ao jogo original, consegue entregar uma experiência muito divertida e imagino que os donos daquele console tenham se orgulhado de poder jogar o título no conforto de suas casas.

Também merece elogios uma importante adição que contribui para tornar os jogos mais agradáveis atualmente, que é a possibilidade de controlarmos a direção de alguns disparos usando o analógico direito. Embora esse recurso possa ser desligado, sua utilização faz com que os títulos pareçam mais modernos e não tive o menor receio de aproveitá-los dessa maneira.

A lamentar, o fato desta coletânea trazer apenas três dos vários ótimos Shoot ‘em ups da Irem, cobrando um valor que muitos poderão considerar salgado (cerca de R$ 125 no PS4/PS5 e Nintendo Switch). Ainda assim, estou ansioso pelo lançamento dos outros dois pacotes, pois desta forma terei acesso a alguns dos melhores jogos do gênero.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.