Atenção! Neste texto irei descrever uma das fases do jogo Call of Duty 4. Caso não o tenha jogado ainda, recomendo parar a leitura por aqui pois ela conterá alguns spoilers sobre o game.

Ressalto ainda que a descrição contida aqui não passa de ficção, portanto, ninguém se assuste, estou intacto 🙂

Depois de ser enviado ao Oriente Médio para resgatar um prisioneiro de guerra. Percebi que a guerra é mais assustadora do que parece. Mesmo tendo um resquício de esperança de que voltarão vivas, todas as pessoas que vão para um campo de batalha sabem que poderão nunca retornar para casa. Se isso ocorrer, o que todos os soldados desejam é que a morte venha de forma rápida e de preferência sem sofrimento. Não posso dizer que comigo foi assim.

Depois de cumprir minha missão, entrei em um helicóptero acompanhado de meus companheiros e assumi o controle de uma metralhadora localizada no lado direito. Cruzamos alguns quilômetros do deserto e após avistar uma pequena vila, fomos informados que haveria combate.

Prontamente apontei minha arma para algumas casas e aguardei o movimento que se deu por meio de tanques de guerra, soldados munidos de lançadores de foguetes e casas-mata com armas antiaéreas. Enquanto abatia alguns inimigos, vi um helicóptero explodindo ao meu lado e comecei a tomar consciência de que a situação estava realmente feia.

Alguns minutos depois, o rádio nos informou que um dos batalhões que estavam em terra teria encontrado um dispositivo que poderia ser uma arma nuclear. Como estava com todos os meus sentidos voltados para a batalha e minha maior intenção era voltar logo para casa (inteiro), acabei não dando muita importância para o comunicado, mesmo porque aquilo não me interessava muito.

Avistamos então uma nuvem de fumaça verde saindo do segundo andar de um prédio e aquilo não era bom sinal (pelo menos para mim). Ela significava que haviam sobreviventes aliados no local e teríamos que descer para realizar um resgate. Após tocar o solo, fomos recebidos por um grupo de soldados inimigos e um feroz tiroteio teve início. Mesmo com as dificuldades acabamos prosseguindo até encontrar os sobreviventes.

A operação ocorreu rapidamente e nos dirigimos para o ponto de fuga onde o meu helicóptero tratou de pousar para nos resgatar. Assumi novamente o controle da possante metralhadora na janela do veículo e decolamos. Alguns poucos minutos depois, um helicóptero de combate foi alvejado por uma bazuca e após a queda, a piloto comunicou que estava viva, mas presa nas ferragens e cercada de inimigos.

Como éramos a equipe mais próxima do acidente, nos mandaram voltar para pegar a piloto. O dia parecia não ser mesmo dos melhores. Naquela altura do campeonato, não podia ser pedir demais para que tudo acabasse logo e eu me visse livre daquele inferno. Então, pousamos mais uma vez. Não podíamos deixar um dos nossos para trás.

A resistência local mostrava porque aquele território era um dos lugares mais hostis do planeta e enquanto tentávamos avançar em direção ao helicóptero destruído para realizar o regate, os soldados inimigos tentavam o mesmo, mas com outra intenção. Desci a rua estreita e me dei conta de que minha M16 estava ficando sem munição. Tratei de pegar a AK-47 derrubada ao lado do corpo de um árabe que havia levado um tiro n têmpora. O seu turbando era uma mistura de sangue, cérebro e algodão e aquilo me embrulhou o estômago. Mesmo assim eu não tinha escolha, precisava de sua arma, caso contrário eu seria o próximo cadáver no local.

Continua…