Cena do documentário Pixel Poetry

Cena do documentário Pixel Poetry

Eu amo o Steam, assim como muitos de vocês, mas sou obrigado a admitir que o GOG tem um lugar no meu coração.

O GOG, apesar de ser a sigla para Good Old Games e possuir um invejável catálogo de jogos antigos, se estabeleceu como uma plataforma de distribuição de jogos muito além apenas de nostalgia. A propriedade da polonesa CD Projekt, a mesma empresa que desenvolve a série The Witcher, tomou como objetivo ser uma plataforma que fornecesse jogos livres de DRM, as famosas e não muito queridas ferramentas usadas para tentar impedir a pirataria, e por tal atraiu um público fiel.

Seguindo o rumo de expansão que a empresa já demonstrava há tempos, o GOG anunciou hoje uma nova e interessante iniciativa: a loja passará a vender filmes totalmente sem DRM. Segundo o comunicado oficial, a empresa quer fornecer grandes títulos do cinema e também séries de televisão. Porém, ainda segundo o comunicado oficial da empresa, ao entrar em contato com os grandes estúdios a resposta foi o que eles descreveram como: “Nós adoramos as suas ideias, mas… não queremos ser os primeiros.Vamos seguí-los com certeza, mas até que alguém faça primeiro, não queremos correr o risco”.

Com a negativa dos grandes estúdios, o GOG resolveu iniciar a empreitada pelo próprio espaço em que habita disponibilizando 20 documentários sobre temas relacionados a jogos e a cultura da internet.

Dentro os documentários há 2 gratuitos: TPB AFK: The Pirate Bay Away From Keyboard e The Art of Playing, e custando $5,99 temos Indie Game: The Movie, Pixel Poetry, Playing Columbine, 100 Yen: The Japanese Arcade Experience, dentre outros. Todos os filmes estão disponíveis em 576p, 720p e 1080p, e podem ser assistidos via streaming pelo próprio site do GOG ou baixados.

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The Art of Playing

Como não sou contra o uso de DRM, e sim contra a DRM mal feita, sempre gostei do GOG pelos bons preços (e ótimas promoções, diga-se de passagem) e por possuir um conteúdo organizado e diverso. Se essas características forem levadas adiante na iniciativa de filmes, como essa primeira leva de títulos aparenta, talvez este seja o nascimento de uma ótima alternativa para quem não aprecia muito o modelo de negócio de serviços como o Netflix, ou quem sabe, para conseguir filmes que acabam fora do grande circuito comercial, e portanto, fora desses serviços. Enquanto as dúvidas sobre a iniciativa pairam no ar, nos resta aproveitar essa boa seleção inicial do serviço.

Fonte: GOG.com.

Estudante de Comunicação Social, interessado em cinema, música e tecnologia (mas geralmente, jogos). Vive embaixo de uma pilha de entretenimento maior do que pode consumir e gosta disso.