Outrora um gênero bastante popular, os beat ‘em ups andaram esquecido por um tempo, mas após um longo e tenebroso inverno, eles finalmente voltaram a receber o espaço que tanto merecem. Isso tem permitido a criação de alguns jogos interessantes, como é o caso do Jitsu Squad.

jitsu squad

No jogo, uma pedra capaz de dar poder inimagináveis a quem a possuir corre o risco de cair nas mãos de um sujeito com más intenções e para evitar que isso aconteça, o Mestre Ramen convoca seus quatro discípulos: um guaxinim ninja; uma coelha capaz de acertar os inimigos a distância; um sapo detentor de poderes telepáticos; e um javali bombado.

Caberá a eles visitar oito planetas enquanto procuram pelo vilão Origami e mesmo com a aventura não sendo longa, o que tornará essa viagem muito divertida é a mistura de belos gráficos com uma jogabilidade com boa profundidade.

Começando pelo visual, Jitsu Squad parece um belo desenho animado, repleto de personagens e cenários coloridos, mas principalmente, com uma animação bastante fluída. Porém, não foram poucas as vezes em que me vi perdido entre tantas coisas sendo mostradas na tela, com a quantidade de inimigos nos cercando sendo um tanto desesperador.

Some a isso uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente no estilo das fases e por mais que não esteja a altura do que o mestre Yujo Koshiro nos deu na década de 90 com a série Streets of Rage, não tenho dúvida de que ela cumpre seu papel.

Já na parte da jogabilidade, você pode esperar muito do que é comum ao gênero, como agarrões, combos e golpes especiais. Porém, como o projeto foi inspirado também em jogos de luta 1×1 como Marvel vs. Capcom e Dragon Ball FighterZ, o pessoal da Tanuki Creative Studio aproveitou para incluir uma série de golpes que só serão disparados após realizarmos uma sequência de comandos.

Sendo desbloqueados conforme avançamos pelos estágios, eles nos permitirão disparar o equivalente a Hadoukens, Shoryukens e vários outros golpes tão conhecidos pelos apaixonados por jogos de luta. Isso adiciona uma variedade muito bacana à jogabilidade, facilitando bastante nossas vidas em determinadas situações, mas não sendo necessários para podermos progredir. Logo, os jogadores menos habilidosos não precisam se preocupar.

Outra boa sacada da equipe foi incluir o que eles batizaram de Tag Team Mode — que infelizmente só será liberado após terminarmos a história. Também baseado em alguns jogos de luta da Capcom, nele poderemos trocar o personagem que estamos controlados quando quisermos, permitindo assim que toda a equipe esteja à nossa disposição. Já no caso de estamos jogando na companhia de um amigo, cada um poderá escolher previamente dois heróis e alternar entre eles com o pressionar de um botão.

O interessante é que tais mudanças não serão apenas estéticas, afinal cada personagem conta com características únicas e até mesmo os combos poderão ser incrementados com essas trocas. De fato, uma novidade muito bem implementada e que inclusive poderia ser copiada por outros beat ‘em ups no futuro.

Mesmo não sendo um jogo revolucionário e falhar por entregar pouco fator replay, Jitsu Squad é divertido e mostra potencial para continuações. Se elas acontecerem, só espero que o estúdio implemente a possibilidade de jogamos online com amigos e desista da ideia de usar um mesmo botão para agarrarmos os inimigos e pegarmos itens no chão. Isso só serve para atrapalhar a experiência, principalmente quando estivermos cercados.

 

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.