Foi com um misto de esperança e desconfiança que eu comecei a jogar o Destiny, e depois de terminar as missões da campanha principal, eu não ainda não sei dizer muito bem o que achei de um dos jogos mais aguardados do ano.

Nascido como um recomeço para a idolatrada Bungie, o jogo me deixou uma ótima impressão quando joguei o seu beta, mas depois de ouvir muitas reclamações em relação a produção, perdi muito do interesse que tinha por ele, mas ainda assim resolvi arriscar.

A principal qualidade do Destiny está na sua mistura de jogo de tiro em primeira pessoa com RPG, pois a nossa vontade de ter o personagem mais poderoso possível faz com que queiramos continuar jogando, tentando encontrar uma arma que supere a que temos e por um bom tempo isso é o suficiente para nos fazer ignorar os problemas que o jogo possui.

O dos maiores está no enredo, pois ao contrário do que conseguiu com a franquia Halo, a Bungie foi incapaz de entregar uma boa história. Quase nunca os eventos apresentados pelo jogo conseguem criar algum impacto no jogador e para piorar a situação, o estúdio parece ter achado que estávamos tão familiarizados com a saga dos guardões quanto estávamos com a do Master Chief, entregando uma quantidade muito grande de informações, mas sem explicá-las muito bem.

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Talvez eles tenham feito isso para nos incentivar a visitar o site ou o aplicativo do jogo para smartphones ou tablets, já que lá temos acesso a muito detalhes da história, mas a novidade se mostra pouco prática e muitas vezes eu senti falta de poder acessar tais informações no menu próprio game.

Outro problema bastante irritante está na própria dinâmica do Destiny, pois devido aos muitos tipos de moedas presente e uma relativa baixa quantidade de missões, teremos que repeti-las inúmeras vezes para poder ter acesso a equipamentos melhores. Durante boa parte do tempo isso não incomoda, mas aí chegamos a aquele que considero o maior equivoco do game.

Eu ouvi muitas pessoas dizendo que a aventura só começava para valer após chegarmos ao nível 20, quando passamos a evoluir apenas através da utilização de itens que contenham Luz, mas para mim, foi aí que perdi o interesse no Destiny.

destiny-3Tendo feito todas as missões disponíveis, sobrou apenas a possibilidade de concluí-las novamente e ao fazer isso eu ganharia uma pequena quantidade de moedas para comprar novos equipamentos ou poderia achá-los aleatoriamente. Porém, passei a me perguntar porque eu faria isso, já que não tenho interesse no multiplayer competitivo e bem, a campanha já havia terminado. Então, qual o sentido em ter um personagem mais forte?

Isso significa que não gostei do Destiny? Pelo contrário. Há muito tempo um jogo não me prendia tanto quanto o título da Bungie, mesmo com suas missões com pouca variedade ou com a por vezes exagerada semelhança com a criação anterior do estúdio, mas não tenho como esconder minha decepção com a maneira como o pós-campanha trata o jogador.

Destiny é um jogo lindo – e olha que o joguei no PlayStation 3 -, repleto de boas ideias que se não são novas, ao menos foram muito bem executadas, mas que deixa um gosto amargo de que faltou tempo para que a desenvolvedora adicionasse mais conteúdo, que está lá em boa quantidade, mas não tanto a ponto de não parecer repetitivo.

Pode ser que com o passar do tempo, conforme o título ganhe DLCs, boa parte dos problemas sejam corrigidos. A minha duvida é se o Destiny continuará tendo a atenção dos jogadores até lá, porque eu sinceramente acho que preferirei gastar meu tempo conhecendo outros jogos e não investindo mais algumas dezenas de horas só para ter uma armadura um pouco melhor.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.