Muitas vezes quando compro alguns games as pessoas me falam: “Ah! Mas você já tem muitos jogos, porque continua comprando mais? Nem conseguirá jogar o que já tem.” O que elas não conseguem entender é que jogos não possuem prazo de validade e não há nada melhor do que sentir vontade de jogar algo e o título estar ali esperando na prateleira.

Pois foi assim que eu comecei a dedicar um tempinho ao Kameo: Elements of Power, game de aventura desenvolvido pela Rare e que faz parte da primeira leva de lançamentos para o Xbox 360 e apesar de ele poder parecer datado para muita gente, consegui me divertir bastante enquanto encarava a campanha principal.

Graficamente o jogo ainda consegue agradar – apesar da protagonista ter um visual e animação pobre, mais parecendo um personagem da época do PSOne – com cenários bastante detalhados e vastos. Os inimigos contam com um design interessante e bastante particular, assim como boa parte dos monstros que nos acompanham durante a aventura.

Kameo: Elements of Power

Por falar nos “guerreiros elementais”, como são conhecidos, são o grande diferencial do game. Como a protagonista que empresta o nome ao título é capaz de incorporá-los, eles serão essenciais para que certos obstáculos sejam ultrapassados, como paredes de gelo que devem ser escaladas com aquele que pode ser considerado uma espécie de homem das neves, portões onde usaremos o ser parecido com uma planta para passar por baixo ou rampas que serão transpostas ao nos transformarmos em um monstro parecido com um tatu de pedra. No total serão dez deles, cada um com características bem distintas, mas infelizmente alguns desses monstros praticamente não serão utilizados.

Kameo ainda flerta com o RPG em alguns momentos, permitindo a compra de novos ataques, oferecendo algumas simples sidequests e tentando entregar uma história que nunca chega a se aprofundar e que só serve para nos colocar num mundo de fantasia e que não poderia ter sido melhor escolhido pela produtora, que usou nele toda a sua paleta de cores.

Tecnicamente ele pode até não conseguir competir com os jogos lançados mais recentemente, mesmo porque os estúdios tiveram todos estes anos para dominar os kits de desenvolvimento, mas se você está procurando um game de plataforma no melhor estilo daqueles lançados pela Rare para o Nintendo 64, esta é uma ótima opção, mesmo porque ele pode ser encontrado hoje em dia por preços bem baixos.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.