Eu joguei o primeiro Medal of Honor no Playstation e me apaixonei pela série. A maneira como o jogo recriava a Segunda Guerra era algo inacreditável para a época e nunca achei que outra empresa seria capaz de criar um FPS melhor sobre o tema, até conhecer o Call of Duty. Mas o motivo deste post não é aquele antigo jogo de tiro em primeira pessoa e só contei isso para dizer que eu tinha uma grande esperança em relação ao recomeço proposto pela EA que foi lançado no ano passado e por isso decidi arriscar, mesmo sabendo que as críticas não foram muito favoráveis.

Passadas algumas horas dentro da campanha principal do jogo, foi o suficiente para comprovar o motivo das reclamações e principalmente, descobrir que poucas vezes vi um jogo com tantos bugs quanto este.

Na maioria das vezes os problemas parecem ter acontecido por causa da inteligência artificial (ou seria a falta dela?), como numa missão que precisava da ajuda de um dos meus companheiros e ele se negava a ir para o lugar determinado. Depois de desistir de jogar por achar que estava fazendo algo errado, voltei semanas depois ao game e o sujeito fez tudo corretamente.

Em outro caso um dos meus amigos ficou travado no cenário e após tentar lhe meter a porrada e não ver resultado, resolvi apelar e uma granada foi suficiente para fazê-lo sair do lugar. Agora estou num ponto em que preciso derrotar um sujeito com uma metralhadora, mas depois de desconfiar que não estava tendo progresso, descobri que se trata de mais uma falha e a solução? Bom, terei que recomeçar a fase mais chata do MoH até aqui.

Isso sem falar na vez em que não conseguia me mover e descobri que o jogo havia mudado os comandos para o joystick, mesmo sem ter me pedido isso e já estou com medo do que terei que encarar até o seu final, mas o fato é que a cada tentativa de terminá-lo tenho perdido mais a vontade de jogar o game.

Mesmo com uma premissa interessante, nos colocando num dos grupos de combates mais poderosos e desconhecidos do mundos, o Tier 1, esse Medal of Honor tem me passado a sensação de ser genérico demais, com missões sem graça, jogabilidade sem inovações (embora a corrida seguida pelo escorregão seja legal ), além de gráficos muitos simples para o padrão atual e não é de se surpreender que o título não tenha conseguido fazer frente a série Call of Duty.

Eu não diria que ele chega a ser uma porcaria e se você não estiver procurando um FPS muito inovador e o encontrar por um preço baixo, acho que até vale a pena pegá-lo, mas tantos bugs tem me irritado e por diversas vezes pensei em encostá-lo, mas o certo é não criarei mais tanta expectativa em relação a jogos produzidos pela Danger Close.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.