Embora eu tenha adorado o Batman: Arkham Asylum, minha experiência com a sua continuação foi terrível! Não por causa do jogo em si, que desde o início gostei muito, mas por causa do péssimo trabalho de otimização que a Rocksteady Studios fez na versão para PC.

Mesmo com uma máquina teoricamente capaz de rodar o Batman: Arkham City com tranquilidade, as súbitas quedas de frame me incomodaram tanto que acabei deixando o jogo de lado, até que nos últimos dias resolvi lhe dar uma nova chance e com o problema tendo sido misteriosamente resolvido, fui até o final da campanha principal.

Durante a aventura várias coisas chamaram a minha atenção, como a enorme gama de vilões que encontramos — mesmo que boa parte deles sirvam apenas como meros figurantes — ou a quantidade absurda de conteúdo a ser explorado, mas algo que me conquistou de verdade no jogo foi a sua narrativa.

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Além da história principal que obviamente é contada conforme avançamos na campanha, Arkham City conta com muitas informações que exigirão nossa atenção para serem obtidas, seja prestando atenção nos cenários, seja através de conversas com personagens ou nas muitas referências que o jogo faz, inclusive à outras obras.

Ao encarnar o Cavaleiro das Trevas podemos encontrar por exemplo o beco onde os pais de Bruce foram assassinados, conhecer um pouco da mente psicótica de Victor Zsasz através de conversas por telefone ou até descobrir que o Coringa não gostou muito do final de Lost e até ouvir sua “declaração de amor” inspirada em The Platters.

Aliás, a dublagem é outro ponto que merece destaque no Batman: Arkham City, seja com a atuação de Kevin Conroy como O Maior Detetive do Mundo ou com Peter MacNicol como o Chapeleiro Louco, mas principalmente com Mark Hamill dando vida ao Palhaço do Crime.

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Contudo, mesmo com todas essas qualidades o maior mérito do jogo sem dúvida é nos fazer sentir que realmente somos o Homem-Morcego, algo que acontece em praticamente todos os momentos do game, mesmo porque o Arkham City consegue a difícil façanha de superar seu antecessor em praticamente todos os aspectos da jogabilidade, das lutas até a exploração, passando pela excelente implementação da furtividade.

Na verdade, depois de toda a dor de cabeça que tive com o jogo eu até cheguei a perder o interesse pela franquia, mas felizmente decidi encarar o Batman: Arkham City novamente e agora já estou com uma baita vontade de jogar o Arkham Origin, mesmo sabendo que algumas pessoas não gostaram muito dele.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.