Gostar do Red Dead Redemption não é algo muito difícil. O jogo possui uma jogabilidade refinada, um bom enredo cheio de personagens marcantes, sua qualidade gráfica é inquestionável e a parte sonora é digna dos melhores filmes de faroeste, mas na minha opinião, a melhor característica da obra de arte da Rockstar é sua ambientação.

Logo que damos os primeiros passos em New Austin fica evidente o trabalho meticuloso da produtora, da atenção ao detalhes e da maneira como tudo o que acontece no game parece tão natural. A maneira como os personagens interagem com o protagonista é algo fascinante, porém, ainda mais impressionante é vê-los tocando suas “vidas” independentemente do que fazemos, modificando o mundo ao seu redor e tornando a experiência extremamente real.

Basta cavalgar um pouco pelas áridas terras do lugar para encontrar pessoas lhe pedindo ajuda, para vez ou outra perceber que tudo não passa de uma tentativa de lhe roubar dinheiro ou de levarem seu cavalo. Mais alguns minutos viajando e “olhe ali! Um homem fugindo de um ataque de lobos e outro tentando capturar um malfeitor” ou “caramba! Uma prostituta sendo espancada por alguém que exagerou na bebida!

A sensação que o Red Dead Redemption nos passa é a de que muitas coisas estão acontecendo a todo momento ao nosso redor e isso é reforçado pelo fato de que você dificilmente verá uma situação se repetir no mesmo lugar, com exceção das tarefas corriqueiras dos habitantes, como abrir/fechar uma loja ou daquela mulher que teima em ir para casa enquanto seu filho está nas mãos de um suposto canibal.

Mesmo que você não goste de games em mundos abertos ou nunca tenha dado muito atenção ao Velho Oeste, RDR é daqueles jogos memoráveis, que ao ligarmos o videogame nos faz esquecer das horas passando e que sempre guarda um segredinho para ser descoberto.  Eu não diria que este é um dos melhores títulos lançados este ano, iria um pouco além e arriscaria dizer que se trata de um dos melhores jogos de todos os tempos. Discorda?

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.