Battlefleet Gothic: Armada 2

Battlefleet Gothic: Armada 2

Você já deve ter me visto falar isso, mas apesar de jogar eles muito menos do que gostaria, eu adoro games de estratégia em tempo real. Participar de enormes confrontos é algo que sempre achei fascinante, com as unidades lutando enquanto “sobrevoamos” o campo de batalha e por isso acredito que este seja o tipo de jogo que mais consegue me fazer perder completamente a noção do tempo.

Imagine então ter a possibilidade de controlar enormes naves espaciais que mais parecem igrejas góticas e se a mistura de ficção científica com arte medieval lhe pareceu estranha, é porque provavelmente você não conhece o jogo de tabuleiro Battlefleet Gothic. Baseado no famoso universo do Warhammer 40,000, nele as batalhas são travadas no espaço, numa época conhecida como Guerra Gótica.

Algo com essas características poderia render um ótimo jogo e foi apostando nisso que em 2016 a Tindalos Interactive lançou o Battlefleet Gothic: Armada. Apesar de contar com gráficos muito bonitos e uma boa jogabilidade, aquele título nunca se tornou muito popular, com as críticas recaindo principalmente sobre a inteligência artificial e a falta de balanceamento.

Podia parecer então que a franquia morreria antes mesmo de decolar, mas em 24 de janeiro vimos o lançamento de uma continuação que prometia melhorar o antecessor em todos os aspectos. Contando com as 12 facções presentes no jogo de tabuleiro, uma interface repaginada, três campanhas solo (Tyranids, Necrons e Imperium) e um modo multiplayer aperfeiçoado, havia indícios de que o Battlefleet Gothic: Armada 2 seria tudo aquilo que o anterior deveria ter sido.

E aqui vale uma importante observação. O meu conhecimento sobre a franquia Warhammer 40,000 se resume a algumas poucas partidas no Dawn of War II e a campanha do Space Marine, então longe de mim ter a pretensão de conhecer ou explicar detalhes de um universo tão rico quanto este. Além disso, não cheguei a jogar o Battlefleet Gothic: Armada, portanto não tenho como fazer grandes comparações.

Isso posto, bastaram alguns minutos dentro do Battlefleet Gothic: Armada 2 para perceber se tratar de um jogo bastante complexo, capaz de nos colocar em batalhas gigantescas e em que faremos parte de um enredo de proporções épicas. Isso fica claro no momento em que assumimos o controle da primeira espaçonave e que mesmo estando num mapa de proporções colossais, passa a sensação de ser imensa.

Por falar nisso, mesmo as menores naves carregam dezenas, centenas de pessoas e somos quase capazes de sentir o peso delas. Mesmo o simples ato de manobrar uma dessas naves exige um grande esforço e como estar alinhado com os inimigos é parte importante da jogabilidade, o estúdio fez um belo trabalho ao implementar a simulação de física do game.

No momento estou tentando compreender todos os sistemas do Battlefleet Gothic: Armada 2, me familiarizar com os muitos pequenos detalhes da jogabilidade e absorver o seu enredo. Eu já percebi que isso não será fácil, mesmo porque o jogo falha em nos dar maiores explicações e as primeiras missões servem apenas como breves introduções.

Pode ser que essa exigência de uma maior dedicação acabe me afastando do game, mas acredito que aqueles que tiverem paciência para dominá-lo terão em mão um título de qualidade, com alto fator replay e que por isso poderá entreter por muito e muito tempo.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.