Quando eu era criança, meu pai tinha um amigo que era dono de um restaurante e após algum tempo frequentando o lugar, o sujeito decidiu abrir uma espécie de lanchonete ao lado. Isso era por volta de 1990 e foi naquele estabelecimento que tive o primeiro contato com um dos maiores clássicos dos arcades, o Final Fight.

final-fight-2Entre algumas máquinas que existiam por lá, a que mais chamou minha atenção foi aquela em que três personagens tinham que enfrentar uma gangue que aterrorizava Metro City e lembro que sempre que íamos jantar lá (que acabo de descobrir que ainda existe!), não via a hora de gastar algumas fichas naquele fliperama.

Eu não consigo lembrar se naquela época eu já tinha um Mega Drive ou se ainda jogava apenas no meu Atari, mas sei que a qualidade sonora e principalmente visual daquele jogo me marcaram e sem dúvida ele foi um dois principais responsáveis por fazer eu me apaixonar pelos beat ‘em ups.

Como eu era apenas uma criança, não conseguia ir muito longe no jogo, mas pude jogar bastante com Cody, o Guy e o Hagar, e por muito tempo sonhei com a possibilidade de ter aquele jogo em casa. Isso só se tornou realidade anos depois, quando pude alugar a ótima versão que a Capcom lançou para o Sega CD.

Infelizmente esta é mais uma das franquias que a empresa japonesa teima em deixar de lado e quando eles tentaram revivê-la, isso aconteceu com o péssimo Final Fight: Streetwise, lançado em 2006 para o PlayStation 2 e Xbox.

Sendo assim, como uma remasterização nos moldes do Super Street Fighter II Turbo HD Remix parece improvável, o jeito é colocar o disco do Capcom Classics Collection no PS2 e matar a saudade deste que sem dúvida é um dos melhores beat´em ups já feitos e que fez com que muitos passassem a prestar atenção no gênero.

A coluna Relembrando nasceu lá no Meio Bit e a intenção com ela era falar sobre jogos antigos que eu adoro. Agora ela será publicada aqui, com a intenção de dar uma visão mais intimista sobre os games, contando situações pessoais que me fazem lembrar desses clássicos e que por vezes poderá ter a total veracidade dos relatos comprometida pela minha memória.
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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.